Os setores formais da economia, em média, apresentam diferença de aproximadamente 20% entre os salários dos homens e das mulheres – sendo elas as que recebem os menores valores.
No entanto, a evolução do mercado e a especialização e valorização da mão de obra feminina proporcionaram mudanças em alguns setores. De acordo com a Confereração Nacional da Indústria (CNI), em alguns setores industriais, como a construção civil, a média salarial das mulheres pode ultrapassar em até 36% o dos homens. Outro setor que apresentou bons rendimentos às mulheres é o de fabricação de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis – com salários, em média, 17% maiores que os dos homens.
“Na avaliação do gerente de Estudos e Prospectiva da CNI, Márcio Guerra, a mudança indica que esses setores estão aproveitando a maior escolaridade e qualificação da parcela feminina da população. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) mostram que a escolaridade das mulheres vem aumentando significativamente na última década e já superou a dos homens. Em 2008, na área urbana, a média de escolaridade das brasileiras ocupadas foi de 9,2 anos de estudos, enquanto a dos homens foi de 8,2. “
– Confereração Nacional da Indústria (CNI)
Além dos citados, outros três setores da indústria valorizam a mão de obra feminina. Com eles, a relação de setores nos quais as mulheres recebem salários mais altos (%) é:
Construção de edifícios – 36% a mais
Fabricação de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis – 17% a mais
Extração de minerais metálicos – 8% a mais
Extração de carvão mineral – 7% a mais
Captação, tratamento e distribuição de água – 6% a mais
O mercado de trabalho, em muitos setores, sofre com a falta de mão de obra especializada. E é dessa escassez que as trabalhadoras vêm conquistando suas oportunidades.