Os desafios da mulher no mercado de trabalho

por | 6/03/2017

Há anos a atuação das mulheres no mercado de trabalho aumenta gradativamente. Contudo, ainda há uma série de dificuldades enfrentadas por elas – e muitas por pura discriminação.

“A discriminação ao trabalho da mulher é uma realidade no dia-a-dia da mulher que trabalha: se não uma realidade presente, há, pelo menos, a ameaça constante da discriminação. Seu combate se faz com uma legislação trabalhista eficaz e, acima de tudo, com educação formal, para que assim haja o devido respeito às diferenças.” (CALIL, 2007, p.116)

Em abril de 2015, a ONU MULHERES publicou o relatório “Progresso das Mulheres no Mundo”. Tal relatório constata que os direitos econômicos e sociais das mulheres são frequentemente desrespeitados e e subjugados, pois existe uma “realidade masculina” à qual elas têm de se submeter, para poder trabalhar. Ainda assim, o cenário pode ser modificado e a garantia de um mercado igualitário pode passar a existir.

O documento divulgado mostra que em média, no mundo, os salários das mulheres são 24% menores que o os dos homens – mesmo no exercício do mesmo trabalho e com a mesma (ou maior) qualificação.

“As mulheres estudam mais e têm maior nível de instrução, mas possuem formação em áreas que pagam menores salários e ocupam postos de trabalho com menor remuneração. É recorrente ainda observar salários menores para mulheres que ocupam funções idênticas às dos homens. Em 2010, o rendimento médio era de R$ 1.587 para eles e de R$ 1.074 para elas, o que corresponde a 68% da remuneração masculina. As diferenças diminuem nas maiores cidades e na maioria das capitais brasileiras. A remuneração média do Nordeste é 43% menor que a do Sudeste (R$ 881 contra R$ 1575). O rendimento médio das negras ou pardas (R$ 727) representa 35% do rendimento médio do homem branco (R$ R$ 2.086). O rendimento médio das mulheres rurais é de R$ 480, inferior ao salário mínimo da época, de R$ 510.”
Clemente Ganz Lúcio no Brasil 247 – publicado no Portal Geledes, em 12 de novembro de 2014.
Anualmente, a atuação das mulheres no mercado de Segurança do Trabalho só aumenta. Nos cursos de técnico em Segurança do Trabalho, elas representam cerca de 50% dos alunos, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Ainda assim, o setor não está isento de preconceito. Em muitas áreas, as empresas dão preferências a homens, como é o caso de construtoras – que deixam de contratar mulheres para cargos de liderança, por acreditarem que poderia não haver o devido respeito. Vale pontuar que esse tipo de postura colabora para que as diferenças entre gêneros no mercado de trabalho continuem existindo.

Apesar de ainda existirem empresas com essas práticas, muitas declaradamente reprovam esse tipo de distinção, podendo advertir ou até mesmo punir funcionários que venham a ser preconceituosos.

Esse tipo de atitude é muito importante para que seja possível acabar com essas diferenças incoerentes, presentes até hoje no mercado de trabalho.

Com estes comentários, a Ansell | Hércules gostaria de propor uma reflexão sobre esse cenário. Todos são iguais e merecem as mesmas oportunidades e os mesmos reconhecimentos. Que as pessoas e as leis contribuam para que essa igualdade, de fato, exista!

Às mulheres, batalhadoras e vencedoras por natureza, nossos votos de sucesso e felicidade, neste dia de comemoração mundial.